de natal

"Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte "

poetinha

domingo, 3 de agosto de 2014

o novo.

E com o coração inteiro, sem marcas, ele  teve medo. Viu o mar. Passava por ele todos os dias. Era seu caminho para o trabalho. Passava. Mas dessa vez sentou em frente e resolveu encarar. De seus sonhos e planos muito bem sólidos e preenchidos, se sentiu vazio. Nada. Ele que nunca sentiu falta do sentir, sentiu a falta. Que angústia.
Angústia. Não sabia o que era isso. Agora sabe. Como dói. Viu o mar, o vai e vem. A imensidão. As ondas nunca iguais, sempre em uma intensidade diferente, nenhuma constância. O risco. Mas parecia tão atrativo. Aquela inconstância. Dali viu a possibilidade. Viu o risco. Sentiu medo.
Levantou-se.
Olhou nos olhos de uma desconhecida. 
Sentiu-se compreendido.
Ele que sempre passava por ali correndo, resolveu andar.
Observar.
Sentir.

Logo aprenderia a voar.

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