de natal

"Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte "

poetinha

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

a gosto.

Com o corpo banhado de tantos toques e coração isento de qualquer calor.

Com os cabelos aos ventos de agosto. E as lágrimas congeladas, presas em um peito que há muito se nega a sentir. Chega à conclusão que o coração talvez nem exista mais. Só um sorriso de ternura bem servido à enganar aos que lhe apetecem.
A puta nunca esteve tão bem treinada.
Bem vivida.
Bem sentida.
Agora sim, uma puta.

Da doce fumaça surge os peitos, surgem a boceta.
Dos lugares aleatórios, surgem os paus, surgem a força.
surge o espelho.
O espelho do sexo há tanto negligenciado e agora vivido com toda a vivacidade que seu corpo, que parece ter diminuído, conseguiria aguentar.

A menina.
Ele insiste em me chamar de menina.

A rocha
Ela acha engraçado, mas não vê as rachaduras e flores encobertas.

A linda
Só mais vítima do pobre engano surgido em um sorriso que não se sabe a que se mostra.

Com o coração cheio de nada.
vários nadas.
Que refletem a incansável busca por algo que amenize a dor de no fundo só ser mais alguém.
Uma busca cheia de desencontros
De amores
De encontros
Crescimentos.

Mas no fim, todo mundo sabe: dá em nada.

vida que segue.
sigamos!