de natal

"Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte "

poetinha

domingo, 10 de agosto de 2014

círculo.

lágrimas são água, que evaporam em febre.

E a lua nunca foi tão linda. Os versos nunca foram tão iguais. A vida nunca foi tão redonda. Cíclica.

Saiu. Pés descalços. Não se julgava amada. Não se julgava nada. E de todas as dores que sentiu, a pior foi não sentir. Apertou o coração. Não saia nada.

risos.

Rodou, rodou, rodou. Sacudiu!

olhos, como odeia aqueles olhos.
Que saudade daqueles malditos olhos.
Que saudade daquele cheiro.
Que saudade daquele sexo.
Sentiu medo, a insegurança.
precisava daqueles braços.

precisava ?
viraram qualquer braços, viraram quaisquer olhos.
qualquer cheiro, qualquer pau.
vulnerável.


A puta.
Ria
Devo ser.
Se pisarem no coração, talvez ele doa.
Se me cortar, talvez eu chore.

E nos olhos deles.
Do vento, do novo, do matador.
Viu a si mesma.

Correu.
O espelho
 A mesma.

A dependência de laços que não diziam nada.
De braços vazios. De palavras secas.

O sexo.
O preenchimento temporário de vácuos que sempre serão vazios.
Gostava.
Era de alguém.
Por um tempo a responsabilidade da sua falta era compartilhada.
Logo depois, o vazio.
Esse buraco é seu, querida.


Ah, mas o vento, corre e faz carícias.
E esse matador, que não me mata.
E puta que pariu, o novo que foi embora.

lágrimas, de água.



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