de natal

"Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte "

poetinha

segunda-feira, 24 de março de 2014

crônica roubada

O homem estava em um restaurante com uma mulher, pareciam ter intimidade, deveriam ser marido e mulher. Discutiam, ou melhor, ela discutia, pois somente ela falava, enquanto ele se restringia a abaixar a cabeça e ouvi-la. A mulher, repentinamente, se levantou e atirou bebida no rosto dele. Ele se manteve tranquilo como aquilo não ocorresse com ele. Ela saiu em seguida.O homem se levantou e foi ao banheiro. Não parecia se importar com os comentários das pessoas que o observavam. Ao voltar, estava transformado. Estava feliz, ativo, aliviado. Ele se sentou calmamente, pegou seu celular, discou um número e começou a conversar animadamente. Enquanto falava, sorria e gesticulava com o dedo polegar e minímo. Quando desligou o celular, estava com o rosto sério. ficou minutos na mesma posição, movia-se apenas para olhar o relógio, esperava alguém.Quando um rapaz alto e forte chegou, seu rosto mudou, passou a sorrir de forma involuntária. Levantou-se, cumprimentou o rapaz e o beijou, sem nenhum pudor, na boca. Puseram-se a conversar de mãos dadas. Eram namorados. E eu continuei a tomar meu café.

2008.

Um comentário:

  1. Talvez em 2022 (não por ser um ano preciso, só futuro mesmo), as pessoas permaneçam como você... Tomando o café!

    ResponderExcluir