de natal

"Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte "

poetinha

quarta-feira, 2 de abril de 2014

pingos vermelhos

Sangue. Morte. Vida. O sangue nos lençóis. A vontade de morrer. A vida que ,infelizmente, continuou. Sempre se perguntou o porquê. Os motivos. Descobriu que não existem, nunca existiram. A vida é isso. Um amontoados de merdas sem sentido, sem motivo, sem porquê. Olhou pro lado, uma mancha de sangue . Uma mancha de vergonha. Uma de mancha de morte condenada a vida. Ah, morrer. Sim. Seria bom. Por isso ele não fez isso. Não vou te matar, não vou te machucar ... repetia. Ah, mas poderia ter matado. Só conseguia pensar na raiva por ele não ter matado. Se levantou. Não olhou para trás. Sabia que não podia mais, sua vida não foi tirada. Só sua vontade de viver. Sentiu que perdeu um pouco da alma. Alma ... alma ? Isso lá deve existir. Ele também não devia ter uma. Os olhos, aqueles olhos. Eram tão tristes. Que ridícula. Estava com pena dele. Mas aqueles olhos .... que olhos. Sangravam. Quanto sangue. Sangue no no lençol, sangue nos olhos ... na alma. A dela estava se destruindo, sangrando. Morrendo. Mas com vida.

You labeled me, I'll label you so I dub thee Unforgiven.

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