de natal

"Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte "

poetinha

sexta-feira, 18 de abril de 2014

sangrando.

O amor que morre todos os dias. Quando ele saiu, quando se viu só. Olhou pros lados ... o chão, o nada, um lençol manchado de vergonha. Se levantou, se olhou, se viu. Quem era aquela ? Tão sozinha, tão sem amor. Ela lembra daquele dia como o dia que amor começou a morrer. Nos outros ele foi acabando, nos detalhes, nas palavras rudes, no "andar só, como se andasse em bando". Pingando. Sim, ele foi pingando. Esvaziando. Sangrando. Foi quando percebeu que estava só, mesmo que sempre estivesse sido só. Mas quando ele deixou, quando aqueles olhos cheios de raiva que a maltratavam tanto, foi ai que ela sofreu. Se sentiu estranha, era melhor quando ele a tratava mal e ela se sentia obrigada a ele. Se sentia obrigada ao amor, agora era livre. Livre ? Agora que o amor estava se acabando, se deteriorando. Terminando. E começaram as perdas! Ela percebeu que o amor não morreu ali, morre todos os dias, em cada olhada no espelho. Em cada cliente. Ao olhar para as luzes, tendo um corpo em cima dela e imaginar ... no amor que está sangrando, porque o corpo ... esse já secou.

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