Com o corpo banhado de tantos toques e coração isento de qualquer calor.
Com os cabelos aos ventos de agosto. E as lágrimas congeladas, presas em um peito que há muito se nega a sentir. Chega à conclusão que o coração talvez nem exista mais. Só um sorriso de ternura bem servido à enganar aos que lhe apetecem.
A puta nunca esteve tão bem treinada.
Bem vivida.
Bem sentida.
Agora sim, uma puta.
Da doce fumaça surge os peitos, surgem a boceta.
Dos lugares aleatórios, surgem os paus, surgem a força.
surge o espelho.
O espelho do sexo há tanto negligenciado e agora vivido com toda a vivacidade que seu corpo, que parece ter diminuído, conseguiria aguentar.
A menina.
Ele insiste em me chamar de menina.
A rocha
Ela acha engraçado, mas não vê as rachaduras e flores encobertas.
A linda
Só mais vítima do pobre engano surgido em um sorriso que não se sabe a que se mostra.
Com o coração cheio de nada.
vários nadas.
Que refletem a incansável busca por algo que amenize a dor de no fundo só ser mais alguém.
Uma busca cheia de desencontros
De amores
De encontros
Crescimentos.
Mas no fim, todo mundo sabe: dá em nada.
vida que segue.
sigamos!
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