de natal

"Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte "

poetinha

terça-feira, 4 de novembro de 2014

(des)encontros.

- Você é a minha melhor lembrança. Aqueles clichês de "saudade que gosto de ter".
- Eu fugi de você, me escondi. Pensei que se não visse nem sua foto, eu esqueceria. Eu pensava que o problema era eu, o meu amor. Depois achei que fosse você que sempre me pareceu perfeita. E agora eu vejo que era a gente. Onde eu for, sempre poderia haver a gente.
- Poderia, mas não há. Você fugiu.
- Fugi. A felicidade assusta, não acha?
- Acho não. Felicidade engrandece. Agora medo ... separa. Mas nada é horrível como o inacabado. A possibilidade jogada fora. Eu que me desencontrei tanto na vida, aprendi a valorizar os encontros. Espero que um dia tu aprenda.
- Aprendi.
- Que bom.

Não falaram mais nada, existem amores que as palavras não dão conta. Apenas o silêncio.
A possibilidade.

Foram embora.
Tentaram acabar o inacabado ... seria possível?
Depois de tantos desencontros, lágrimas e solitudes acompanhadas, escolhidas e impostas.
Aprenderiam que abrigo só encontravam nos braços um do outro.

ou não.
a vida talvez seja apenas desencontros que nos ajudam a nos encontrar.
no mais, gratidão.


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